terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Em busca da verdade derradeira – a dança cambaleante dos ciclopes

Estou de volta
Empossado deste corpo como um grileiro no norte do Acre
Desmatado e desmorrido,
abrigado num desabrigo de não me obrigar quando a briga se avisa
Me arredeio e me coloniza
Sua metrópole que não tem escrúpulos
Não terá o luxo
Da minha face estampada em sua avenida

Sou recém-batizado num mundo encantado que toda a criatura habita
No alto do cosmo, no frio da estrela cadente mais decaída.

Sou devasso e tirano
Imperador deste plano de duas dimensões e rimas pobres
Sou o ícone piscante o dois cliques do cisco
O olho dos Ciclopes

Poseidon, meu caro me perdoe
Pela ofensa tola a qual rogarei.
Mas este mar tão pouco governa
Que a Petrobras se encarrega de te vasculhar
Ah meu senhor que zombaria...
Que vergonha seria, se ao fim das costas minhas
Encontrassem também, um poço de gás.

Não é falácia, te digo
Poseidon meu amigo, não vá se vingar
Embala as nereidas no ninho
Que sigo sozinho
Já sei soluçar

E entre soluço e solução só há saída
Quando a desmedida das mesuras eu ouço galgar
De patinete em milhas náuticas de tiros e dardos não vou te alvejar

Afio minha alma estampada
Tal figura ilustrada
Do Ronaldo ou Kaká
Minha crítica autocolante é dura
e na sua janela vai se destacar

Num ataque no mais puro impulso
Sou eu muito intenso ou você
Fraquejar?

Me diga, levante agora
Tenha ousadia seja petulante
Me diga, pobre criança que fazes agora pra conter o levante?

No Quênia as mortes se somam
Os monstros devoram as almas no altar
As igrejas e pedras em chamas, Deus te clamam
Porque não vai os salvar?

Entre Nietszche e McFarlane
Peça a US pra lhe amparar
O santo das causas perdidas
Minha chuteira da Adidas
Minha canção de ninar!

Sua existência me ofende
Es mais que um afronte tua covardia
Se mexa, se mova, ou se morra
Se castre, se case ou se esconda
Porque até tua sombra tem medo da vida

Seja mais desregrado
Mas não pule do muro sem antes olhar
Seja um Chavéz armado, Sputnik apressado, seja condenado
Mais saiba condenar

O jubilo do julgo é jogado
Atirado ao Hades para o Niflheim habitar
Te juro que nada no mundo
Canhão ou esconjuro
Bala ou muro
Poderá me parar

Sou a resistência indomada
Minha Digressora Vanguarda
Há de sustentar
A bandeira de todas as cores
Hinos de mil letras iremos cantar

Por um fim em sua existência
Sem dó nem clemência
Sua centelha apagar

E quando isso acontecer
Perderei o juízo
Serei consumido pela insanidade de meus atos
Para sempre grato de tudo que fiz

Se ainda não entende
Não se preocupe
Apenas se ocupe
E espere chegar
Ou virá seu tempo
Ou será tarde demais para se lamentar

Não sou grave, nem clave, nem justo
Nem clava, nem pulso, nem nada que possa pensar
Sou membro da Vanguarda Digressora
A Esperança Devastadora
Que irá consumar
A rebeldia e a revolução
No reino em que nenhum irmão vivo ou não ousará reinar.

4 comentários:

Dra. ƒernanda Trigo disse...

Gostei.....bastante...
Mas sempre gosto....sempre gostam....
Seus textos são muito bons, sua cabeça....impressiona.
E vc, simplesmente você....
em cada jesto, em cada verso, em cada palavra....
è você, e só vc...e nada mais...
É completo, complexo, e tudo mais...
e por isso...
Ti love!

Elsa Villon disse...

Eu posto bobagens no blog dos outros, eu posto bobagens no blog dos outros... quem sou eu? Quem sou eu?

RSRSR, brincando também.

Ainda não li seu novo poema, assim que o ler, volto para comentários sobre.


E é fórum, não forúm... ahahaha...

Brincando também, menino do brinco de pena.

Dra. ƒernanda Trigo disse...

Ti love babaca

Elsa Villon disse...

Sempre falando de tudo num jeito único.
Com uma ótica melhor que a Fotoptica.

Mas que ainda não me deu óculos de sol de graça... rsrsrsr


Petrobrás, Kaká, Chavéz... Ronaldo, Poseidon e até Los Hermanos... tudo isso é uma ilusão.


Não sou grave, nem clave, nem justo
Nem clava, nem pulso, nem nada que possa pensar
Sou membro da Vanguarda Digressora
A Esperança Devastadora
Que irá consumar
A rebeldia e a revolução
No reino em que nenhum irmão vivo ou não ousará reinar.

O reino é uma ilusão.
E a esperança é o ópio dos tolos.