quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Não nasci para ser escritor

Não nasci para ser escritor. Sou privado destas nuâncias de citações escalafobêticas de gente que já morreu, dessa misan cêne toda (ia escrever savoir affair, mas como não sei o que este último quer dizer troquei para misan cêne, que dá na mesmissíma coisa), desse jeito rococô e de títulos como cronista, avaliador e sinceras críticas sem pretensão.

Talvez me falte também a organização e disciplina necessárias à função, mas como essas duas seriam falhas minhas e não nenhum exemplo do meu status de “comosoubacana” vou deixar estas de lado.

Eu não deveria ter muita moral para criticar nada, afinal, sou dono de quê? Dois blogs meio nefastos com textos que tem mais erros de português do palavras, dois livros-revista que escrevi para a Escala a custo de nada, com marmitas nem tão recheadas e um editor o tanto quanto chato, merecedor de murros, e muitos, em sua porquíssima face esquelética. Não te esqueci não, paguá.

Ahn, claro, não posso esquecer também da irremedável cobertura entreto-jornalística de alguns reality shows de uma emissora de primeira (e um da, de fato, emissora de primeira). Uma parte de mim diz que não deveria ser tão ruim assim, mas sabe como é, ambição tem esse quê de sucrilhos.

Ou se come com leite ou não se come direito. Sucrilhos seco? Seu filhinho de vó. Revolucionário de condomínio fechado. Filho único.

Sou assim, tenho rompantes e quem não os tiver que atire o primeiro baluarte no meu teto. Zinco. Será que teria eu, também, oras, pois, por que não, telhas Tigre. Turma sagaz para propagandas, hein? clap. Clap. clap.

Enfim, senhores, estamos aqui, em um hotel, longe de casa, com os ecos de um 0x0 entre Corinthians e Santos e nem de futebol eu gosto. Mas, como narra mal este Cléber Machado, hein? Deus me salve. Pronto. Mute. Tudo é belo novamente.

Enfim, voltando lá ao trezeguet que eu soltei no começo, acho que não nasci para ser escritor, editor e coisas desse tipo. O problema é que eu encafifei com a dita ideia e ela não me sai da cabeça nem com banho de gasolina. Hei de vencer pela teimosia, esta. Graças, desde criança eu tenho de sobra.

Vamos então teimosiar a vida, porque, se no fim, bater as botas assim de escanteio, me esgarranchar antes que o buraco negro sugue destas bandas toda a vida, vou poder dizer, olha, posso não ter sido o escrevinhador mais sagaz do mundo, mas, vá lá, se não fui o mais teimoso.

Isso deveria era valer prêmio. Vale-refeição, sei lá. Enfim, tamos que tamos. Olha lá o impedimento irregular. Na dúvida, é sempre melhor arriscar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nao deixe a teimosia de lado.. continue escrevendo! um dia vc ganha um prêmio.. ou um vale..