domingo, 1 de abril de 2007

Paster Noster...

Não sei se sou assim
Não sei ao certo de mais nada
Caminho sinuoso
Tortuosa escura escada

E agora, que fazer?
E agora há mais nada.
Sabia desde o começo
A incerteza da empreitada
Sabia desde começo
De um inverso machucado
Sabia desde o começo
Que era um sentir errado

Ah perturbação...
Que me consome horas a fio
Ah meu coração...
Que insiste em ouvir seu canto
Seus encantos, abraçar seu corpo
Enxugar seu pranto, tocar seu rosto
E sentir seu corpo...

Ao menos em pensamento
Eu tento, mas nem assim me convenço
Descrente...
Das formas diferentes de amar
Enclausurado, em meu próprio seixo
Engaiolado lar...

.
Lúcifer fora o mais belo anjo do Senhor
Fora comandante de todos os anjos
Viu a terra e os seres vivos serem criados
E por ambição e vontade de reinar
Por achar que poderia fazer melhor
Fez o impensável
Desafiou o todo poderoso
Da sua base no Castelo Oostegor
Os insurgentes rebeldes junto a Lúcifer enfrentaram
os anjos da cidade de prata.
Lúcifer derrotou Miguel e suas legiões
E chegou aos salões dourado dos anciões pra enfrentar Deus
Seu filho, sentado a direita do pai, levantou-se e prostou-se em frente a Lúcifer, para defender ao senhor.
Com o brilho de mil sóis o puniu por sua indolência arremessando ele e seus
companheiros rebeldes no abismo... ficariam ali por toda a eternidade para refletirem sobre
o que fizeram...
Porém, os anjos que se mantiveram neutros na guerra, que não apoiaram nem Lúcifer nem Deus também foram punidos, com a rigidez típica dos governantes “justos e bons”da cidade de prata. Foram expulsos do céu.
Confinados a viver na Terra até o fim dos tempos. Porém, estes Nephalim, como eram chamados, mantiveram parte de sua natureza divina, e embora transformado em humanos, lembravam de todas suas encarnações, no instante em que nasciam. Não importam quantas vidas eles tinham perdido na Terra, ao voltar a reencarnar, saberiam de tudo que acontecera, novamente...
Eles juraram vingança contra a injustiça divina.
.
..
Deveria eu ser condenado pela minha neutralidade diante de tal situação, de tal fato?
Deveria eu ser punido?
Não sou cristão. Nem católico. Nem temente a este todo poderoso, que pra mim, de nada vale, minha fé repousa em outra crença. Mas respeito todos aqueles que nesta fé acreditam.
E me pergunto, como os Nephalim, deveria eu ser punido?
Talvez... talvez deixar-se levar seja um ato imprudente, impensado, que me abandonará a deriva, ao relento.
Pensando bem, acho que deveria ser punido.
Porque ao menos, independentemente de quantas vidas se passassem, de quantas encarnações eu vivesse, eu sempre me lembraria de você...
...
..
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2 comentários:

Nanda disse...

hmmmm

Anônimo disse...

eloquente, justificado, claro pra quem lê... isso que é declaração, nossas...
me fez lembrar o soneto de confusão da Elsa...
simplesmente lindo gui... esse é ainda mais bonito que os outros...

beijos gui!